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Foto do escritorOnã Rudá

Bahia vira destaque no principal jornal inglês dando 'voz ao povo'

Há tempos o Bahia há é destaque em questões sociais no Brasil. Com campanhas incríveis contra o racismo, homofobia e outras questões, o clube é exemplo neste aspecto no país. O jornal inglês The Guardian, principal do país, fez uma longa reportagem de como o clube sse tornou a "voz do povo".


Guilherme Ballintani, presidente do clube baiano, concedeu entrevista ao jornal e falou sobre os diversos projetos e as ideias que teve desde que assumiu o comando do Bahia, em 2018.

"Tínhamos três objetivos: assegurar o sucesso do clube financeiramente, no campo e implementar 'ações afirmativas'. Essas ações foram imensamente influenciadas por um núcleo criado dentro do clube que busca campanhas a favor das minorias no Brasil.

Nelson Barros Neto, que trabalha no clube como diretor de comunicação, criou um grupo no WhatsApp com 45 torcedores, com antropolistas, sociólogos, professores, advogados, mulheres, homens, negros, indígenas, cegos, surdos, etc... Com isso, sempre que há alguma data comemorativa, o Bahia se posiciona e faz alguma campanha.

A publicação cita eventos como o do dia da Consciência Negra, Dia das Mães, LGBT e outros.

"Tenho um grande sentido de pertencimento em Salvador. Bahia (o estado) e Bahia (o clube) me deram a coragem de fazer declarações contra o racismo. Estar inserido neste contexto me ajudou nesse problema", comentou Roger Machado, técnico do clube baiano.

Roger Machado com Marcão na ação contra o racismo Thiago Ribeiro/AGIF

Ballintani também trabalhou para dominuir o preço dos ingressos, principalmente porque o Bahia joga na Arena Fonte Nova, estádio de Copa do Mundo e com alto custo de manutenção.

"As ações do Bahia são inovadoras... Quando o clube defende grupos estigmatizados, eles estão afetando a cultura do lugar (do estádio de futebol), onde as pessoas não imaginariam que seriam contestadas. Olhe a campanha do vazamento de petróleo... Quando eu revelei que era gay, tive que sair do futebol, porque o ambiente é machista e masculino demais. As ações do Bahia me fizeram voltar ao campo, é o clube do povo", falou Onã Rudá, fundador do grupo LGBTricolor.

"Se um clube de futebol pode ser o exemplo, provavelmente outras organizações irão seguir. O clube pode ser o canal de comunicação contra agressão, violência e intolerância, mas também de afeto, integração e amor", completou o presidente.


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