Com o objetivo de lutar pela visibilidade e aceitação da comunidade LGBT+ dentro do futebol, o Coletivo Nacional Canarinhos Arco-Íris reúne torcidas organizadas LGBT+ do Brasil todo para lutar contra o preconceito e propor maiores ações de combate a LGBTfobia.
A organização foi idealizada pelo grupo Marias de Minas, que procura ressignificar o apelido preconceituoso que a torcida do Cruzeiro recebeu, e já possui outras sete torcida, são elas: LGBTricolor (Bahia), Papão Livre (Paysandu), Vozão Pride (Ceará), Timão LGBTQI+ (Corinthians), Orgulho Rubro Negro (Vitória-BA), Coxa LGBTQI+ (Coritiba), Athletico LGBTQI+ (Athletico-PR).
O Coletivo enviou propostas de combate ao preconceito LGBTfóbico para clubes da série A, B e C, além dos órgãos: Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Procuradoria-Geral da República (PGR), Ministério de Justiça e Segurança Pública, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD).
As ações indicadas são:
A correção da Recomendação 01/2019 do STJD, publicada em 01 de agosto de 2019, que cita opção sexual ao invés de orientação sexual e identidade de gênero;
Solicitamos que medidas e protocolos sejam adotados afim de garantir a segurança de pessoas LGBTs durante as partidas de futebol nos estádios do Brasil;
A garantia de revista de mulheres trans por policiais femininas nas entradas dos estádios;
Respeito ao nome social das pessoas travestis e transexuais nos registros de associados e associadas dos clubes;
Estímulo para criação de torcidas e movimentos que ajudem a debater a temática de combate à LGBTfobia nos clubes e acolhimento dos que têm surgido no último período;
A escolha de rodadas dos campeonatos onde todos os times entrem com faixas contendo mensagens de combate à LGBTfobia;
Exibição de VT de 30 segundos durante o intervalo de jogos, sobre LGBTfobia, seus males e a necessidade de combatê-la;
Criação de aplicativo para denúncia de casos de homofobia nos estádios;
Solicitamos ainda reunião com cada ente que recebeu esse ofício para dialogar sobre as medidas a serem adotadas e firmação de compromisso.
Em entrevista ao site BHAZ, o idealizador do Marias de Minas, Yuri Souza, explicou que “O documento foi elaborado com base em inúmeros depoimentos de vítimas e casos de expressões preconceituosas desse crime que já gera paralisação de diversos jogos no Brasil. Para a torcida, muitos clubes se intitulam o ‘time do povo’, mas ainda não contemplam a todos”.
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